Mestre Nene

Minha foto
Ilhabela, SP, Brazil
Mestre Nene

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Em breve teremos blusas de capoeira.
contao capoeira_israel@hotmail.com
cel.12 97758843

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mestre Nene no sbt, topa ou nao topa

Mestre Nene participando do programa no SBT.


Roberto Justus desafia capoeirista nesta segunda


No programa da próxima segunda-feira, 06 de junho, às 23h, Roberto Justus traz o capoerista Emerson de Jesus Bispo, o Mestre Nenê. Com 31 anos, ele mora em Ilhabela (SP), é artesão e capoeirista. É casado e tem um filho de nove meses. A capoeira entrou em sua vida quando tinha apenas quatro ou cinco anos de idade. Em 1991 mudou-se para Santos. Seu pai o levou em uma academia onde conheceu o esporte. Apesar do interesse pela capoeira, seu pai não tinha dinheiro para pagar as aulas. Um tempo depois, seu irmão mais velho financiou as aulas. Em 2004, conheceu um israelense, que o convidou para dar aulas para amigos no país. Mesmo não falando a língua, foi com a cara e com a coragem. Ficou dois meses e voltou para o Brasil, com tudo pago.



Justus recebe capoeirista nesta segunda (Foto: Divulgação/SBT)

Depois disso, os amigos e alunos de Israel fizeram uma “vaquinha” para que ele voltasse a morar lá. Com tudo pago, novamente, ele se mudou para lá e continuou com as aulas de capoeira em grupo e particulares. O dinheiro que ganhou ajudou muito sua mãe aqui no Brasil que faleceu, de câncer, em 2006. Congelou o corpo de sua mãe para que conseguisse estar no país para realizar o enterro.
   
Em julho de 2008 conheceu sua esposa enquanto passava férias no Brasil. Juliana cursava Biologia e gostaria de estudar na Costa Rica. O capoerista decidiu ir junto. Os dois trabalharam em restaurantes fazendo comida e faxina. A esposa voltou para ficar perto da mãe. Nenê ficou mais 1 mês trabalhando e voltou para ficarem juntos. Ela engravidou e hoje moram em Ilhabela com o bebê e a mãe da esposa. Se ganhar o prêmio máximo, Nenê quer comprar a casa própria e montar uma academia para dar aulas de capoeira para crianças carentes. No palco com ele, estarão: a irmã Elizangela e os amigos Ribas e Paul Cassios.

Topa ou Não Topa vai ao ar nesta segunda, às 23h, no SBT!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mestre Ribas

Não tenho nem palavras para agradecer ao Mestre Ribas.
Mais de uma coisa eu tenho certeza capoeira e minha vida, capoeira e meu viver e minha filosofia e o meu geito de Ser.


La na varando do meu casua eh varanda boa pra vadia...

sábado, 5 de março de 2011

www.capoeirasantista.com.br

Reestruturação no sistema de graduação na Capoeira Santista - Mestre Ribas


As mudanças adotadas e apresentadas aqui reestruturam apenas a relação título/cordão daqueles que possuem graduações representadas pelos cordões amarelo/azul em diante, adequando tal relação a realidade da Capoeira Santista.
Tomando como base as nomenclaturas utilizadas atualmente, encontrei no dicionário os seguintes conceitos:

Estagiário:
Que ou aquele que faz estágio: professor estagiário; Relativo a estágio; Indivíduo que faz estágio ou tirocínio*.
    * Primeiro ensino ou primeira formação; Exercício ou simulação de certas funções ou atividades, como preparação para o futuro desempenho dessas funções ou atividades. = experiência, prática

Formado
Que recebeu forma; modelado; Feito, constituído; Em ordem, alinhado; Que se graduou em escola superior

Monitor
Aquele que dá conselhos, lições, etc; Aluno encarregado de uma secção de alunos de classe inferior à sua; Pessoa encarregada do ensino e da prática de certos desportos: Um monitor de ginástica.

Professor
Aquele que ensina uma arte, uma ciência ou uma língua;

Contramestre
O imediato ao mestre (em navio, fábrica, estaleiro, etc.).

Mestre
Indivíduo que exerce um ofício por sua conta, ou que trabalha sem indicações técnicas de outrem;  Aquele que dirige uma oficinas; Professor de grande saber e reputação; O que é perito ou versado em qualquer ciência ou arte; Chefe ou iniciador de um movimento cultural

Nesse contexto, o sistema oficial de graduação da Capoeira Santista - Mestre Ribas fica assim:

Cordão verdeIniciante

Cordão amareloIntermediários
Cordão azul

Cordão verde e amareloGraduados
Cordão verde e azul

Cordão amarelo e azulAluno formado

Cordão verde, amarelo e azulProfessor

Cordão verde, amarelo, azul e brancoContramestre

Cordão branco e verdeMestre de 1º grau

Cordão branco e amareloMestre de 2º grau

Cordão branco e azulMestre de 3º grau

Cordão brancoMestre
Está dito.
Mestre Ribas
19 de abril de 20

FAMÍLIA CAPOEIRA SANTISTA


sexta-feira, 4 de março de 2011

capoeira c.mestre nene

Mestre Nene capoeirasantista

www.capoeirasantista.com.br

Nota:

Os meus textos são apenas os registros na forma mais simples da minha concepção acerca de qualquer assunto tratado (o que deveria ser óbvio, porém, considerando algumas críticas e questionamentos, às vezes eu tenho a impressão de que acreditam que eu estou tentando estabelecer alguma lei universal na capoeira). Por essa razão, antes de ler o presente texto, sugiro que leiam Ser discípulo l e Ser discípulo ll para uma melhor compreensão deste.

 Ser discípulo lll

No segundo texto que produzi sobre esse tema, eu (alguns dias depois de ter escrito o primeiro, portanto com a cabeça mais arejada), tentei ampliar o que escrevi no anterior como forma de desabafo.
Já nesse terceiro texto eu busco apresentar uma arquitetura dentro dessa idéia, alinhavando pelo menos os desdobramentos mais periféricos que minha concepção parece emular na cabeça daqueles que ainda insistem em justificar comportamentos que eu abertamente condeno na relação entre alguém que se diz discípulo e seu mestre, usando o que eu digo para, de alguma forma, tentar depor contra mim ou me pegar em contradição.
Para tanto, vou usar como exemplo parte de uma conversa recente na qual chegaram a concluir que meu mestre me reconheceu como tal sem que eu estivesse na condição de discípulo (sugerindo, talvez, que eu estaria “reprovado” segundo os critérios do meu mestre quando recebi tal reconhecimento e, portanto, os meus próprios critérios para ser um discípulo não poderiam ser aplicados nem em mim).
Acontece que se isso fosse verdade e meu mestre tivesse optado por assim fazê-lo, o problema teria sido totalmente dele. Depois, ele nunca disse de forma direta e explicita o quê ele esperava de alguém que se auto intitulasse discípulo dele (ele não costumava fazer esse tipo de diferenciação). Quanto ao mais, as exigências que meu mestre fazia (as quais a pessoa que conversava comigo tentava fazer referência para justificar tal conclusão), eram para serem aplicadas apenas naqueles que, da minha época, porventura pudessem querer receber o título e graduação de mestre. Ou seja, tinha a ver com critérios práticos para graduar e promover e não para uma relação existencial entre discípulo e mestre. Como eu NUNCA tive preocupação com cor de cordão nem com o respectivo título que tal cordão pudesse carregar, logo nunca considerei que tais exigências fossem para mim.
Outra importante diferença é que, para construir a minha relação com meu mestre, também nunca precisei tomar como base a relação dele com o mestre dele. Não significa que não possa existir certa semelhança ou até coincidências. Eu particularmente não contabilizo esse tipo de coisa. Até porque, em minha opinião, ancestralidade, genuinidade, linhagem ou discipulado não tem nada a ver com tentar – a qualquer custo - construir e/ou marcar a minha trajetória na capoeira com os mesmos fatos e eventos que deram visibilidade à história conhecida do meu mestre. Para mim, esse comportamento me tornaria, no máximo, apenas um produto “genérico” dele.
Outras questões do tipo “quem eu reconheço como meu discípulo” ou “de quem eu me considero mestre”, sinceramente, em minha opinião, isso precisaria ter sido, pelo menos, uma questão para mim na minha relação com meu mestre em algum momento da minha trajetória na capoeira, para que eu pudesse responder com o mínimo de propriedade. Contudo, eu nunca tive esse tipo de dúvida ou preocupação.
O fato é que, em minha opinião, cada um é responsável pela sua própria trajetória. E a trajetória é determinada por escolhas que devem ser promovidas pela própria razão. A razão, por sua vez, é sempre histórica e geográfica, significando afirmar que não se pode desconsiderar a época e o local onde tal razão se estabeleceu ou se estabelece ou há de se estabelecer. É por isso que, em muitas vezes, não dá nem para comparar. Simples assim.
Está dito
Mestre Ribas

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

www.capoeirasantista.com.br


Ser discípulo II

No texto passado (Ser discípulo l) eu apresentei minha concepção básica de que é ser um discípulo e aproveitei para denunciar algumas diferenças que eu tenho identificado na idéia atual sobre esse tema.
Dando prosseguimento, vou tentar ampliar um pouco mais a minha concepção acerca desse assunto apresentando algumas implicações que decorrem da escolha de ser discípulo de alguém.
Para começar, o discípulo é aquele cujo interesse é única e exclusivamente o de aprender. Nesse sentido, o seu compromisso deve ser somente com o que seu mestre tem para ensinar e o seu prazer é aplicar na vida tudo o que já aprendeu. Para tanto, abre mão principalmente de suas próprias idiossincrasias para favorecer esse processo de ensino-aprendizagem.
Por essa razão eu considero muito estranho hoje em dia quando vejo pessoas tratando o fato de serem discípulos com pompa de título, de graduação hierárquica ou de conquista. Como se existissem dois grupos distintos: os discípulos (que formam a elite do grupo, como os mais puros e autênticos, portanto com mais privilégios) e os não-discípulos (o resto! Que tem que pagar a mensalidade para sustentar o mestre, entrar mudo e sair calado). É paradoxal demais para mim, pois a maior qualidade que um discípulo deve desenvolver – caso ainda não possua - é a humildade.
Humildade vem de húmus termo que deu origem também a palavra humor (que, nesse caso, significa disposição de ânimo) e humo (que é a camada de terra rica em nutrientes e, por essa razão, própria para receber as sementes). Ou seja, fazendo uma comparação simples, posso afirmar que a humildade e a disposição de ânimo constituem o terreno fértil para semear o ensino em um discípulo assim como o humo é para a semente que se pretende fazer germinar na terra. Sem esses elementos – humildade e humor - nenhuma semente de ensino germinará ou se transformará em aprendizado para o discípulo. Por outro lado, mesmo sendo o discípulo um terreno fértil para transformar ensino em aprendizado, a vigilância quanto à manutenção de tal fertilidade (que é se manter humilde e com disposição de ânimo) deve ser constante, pois mesmo que tenha crescido árvore boa para dar fruto em determinado período, a partir do momento que faltar essa seiva de humildade e humor, será questão de tempo para que o processo todo se estanque e tal árvore seque e deixe de dar seus frutos.
Discípulo também é aquele que está sempre próximo – física e existencialmente – daquele que ele considera ser seu mestre. Do contrário, é no máximo um ex-discípulo, pois essas categorias de relação não se perenizam - assim como um casamento também não - se uma das partes não for fiel àquilo que os uniu.
A comparação que faço com um casamento é providencial porque infidelidade conjugal é denominada de adultério (ad alterum torum, que literalmente quer dizer: na cama de outra pessoa, fazendo alusão a tal infidelidade). Esse termo é o mesmo que deu origem ao termoadulteração, que tanto pode significar falsificação (no caso de documentos) quanto “viciar dolosamente a qualidade de uma coisa, juntando-lhe outras mais ordinárias que passam despercebidas à simples vista”. E é exatamente isso - adulterar o ensino - o que um discípulo não pode fazer em nenhum momento com aquilo que aprendeu com seu mestre. Na realidade, essa é a maior armadilha que pode existir na caminhada de um discípulo, pois, à simples vista muitos conceitos que o próprio discípulo desenvolve segundo suas próprias interpretações têm aparência de boa qualidade (às vezes até, aparência de melhor qualidade do que aquilo que seu mestre tem ensinado!), mas que na realidade será danoso para o seu desenvolvimento e para os demais. Portanto, estar em sintonia-fina e constante com o seu mestre, consultando-o frequentemente, é imprescindível não só para o desenvolvimento sadio do discípulo, mas também para que exista autenticidade na relação mestre-discípulo e vice-versa.
Enfim, eu nunca sugeri que alguém admitisse ser meu discípulo. Também não sei o que andam exigindo por aí para considerar alguém como tal, mas o que eu tenho registrado nesses meus textos sempre foi, até de forma inconsciente, o que eu sempre exigi daqueles que se arvoraram em tal aventura (de serem meus discípulos). Esse é o meu b-a-bá.
Está dito
Mestre Ribas
Santos, 04 de junho de 2010.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

www.capoeirasantista.com.br

Ser discípulo  I
 
Considerando algumas coisas que eu ouvi em forma de perguntas ou discurso durante essa semana, resolvi escrever um pouco sobre minha concepção acerca desse tema.
Discípulo é um termo que compartilha a sua raiz etimológica com a palavra disciplina. Ou seja, ser discípulo de alguém é se submeter, de forma voluntária, a toda disciplina que esse alguém escolhido estabelece. E qual deve ser o intuito dessa submissão? Aprender para a vida. E quanto tempo leva esse aprendizado? A menos que o candidato ao discipulado desista, leva o tempo que esse alguém escolhido para exercer o papel de mestre viver, atuar ou decidir.
Eu afirmo que sou discípulo do meu mestre porque esse sempre foi o meu conceito de discípulo e, enquanto ele atuou dando aula e/ou influenciou diretamente na formação de seus alunos, eu me submeti de forma voluntária a toda sua disciplina. Não significa que nunca o questionei (faço isso até hoje se eu considerar necessário). Porém, quando porventura me sentia contrariado, acatava em silêncio o tempo que fosse necessário, confiando nele e no próprio tempo para me fazerem entender determinada atitude sua. E isso acontecia sem ninguém necessariamente saber. Só se sabia aquilo que eu já havia falado para ele pessoalmente. E é assim até hoje.
Infelizmente hoje em dia essa é uma situação muito rara. Eu conto nos dedos de uma mão aqueles em quem eu posso aplicar os meus critérios de discípulo para considerá-los como tal. O que eu vejo é uma insatisfação generalizada, uma preocupação exacerbada com graduação ou título e uma verborragia no discurso que só convence quem não me acompanha de perto ou não me conhece e nem conhece minha trajetória na capoeira.
Quem me considera uma pessoa muito radical, saiba: o termo radical vem de raiz e isso eu tenho mesmo. Daí eu afirmar que está posto o machado na raiz da árvore. Quem quiser que entenda. Estou cansado de ouvir respostas para perguntas que não são feitas e soluções para problemas que não existem.
 
Está dito
Mestre Ribas
Santos, 29 de maio de 2010.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os primeiros Mestres formados do Mestre Ribas.

Pedro, André e Nenê
 
Aos três primeiros mestres reconhecidos por mim, na minha escola.
Estou muito feliz. Realizado.
Poucas situações na capoeira podem ser comparadas com essa oportunidade que eu tive de reconhecer o que da parte de vocês já é patente há algum tempo.
Eu me lembro da primeira vez que presenciei meu mestre fazer um reconhecimento dessa categoria na “Movimentos”, escola de capoeira da qual sou oriundo. Aliás, para quem gosta ou precisa de comparações (o que não é o caso de vocês), eu poderia até usar esse acontecimento como referência:
Foi em 1992, portanto a “Movimentos”, que foi fundada um 02/10/1982, existia há 10 anos. O Grupo Capoeira Santista existe há 11 anos.
Meu mestre, que é nascido em 07/08/1956 e começou a praticar em 1974, tinha 36 anos de idade e praticava há 18 anos na época. Eu tenho 42 de idade e estou no 24º ano de prática.
Por seu turno, quem merecidamente estava recebendo tal reconhecimento tinha 23 anos de idade e praticava capoeira há nove anos. Vocês três já passaram dos 30 de idade e possuem, pelo menos, 15 anos de prática (isso sem contar a significativa experiência internacional de cada um de vocês).
Acontece que não foi diretamente por isso que a promoção aconteceu. Na realidade, nada disso teria valor se não fosse, principalmente, pela humildade, simplicidade e qualidade da identificação e da fidelidade que vocês têm demonstrado para comigo durante todos esses anos e que não se limitam aos discursos. Ao contrário. Tudo ganha os aplicativos práticos que tal escolha voluntária demanda. Principalmente no que diz respeito à representatividade que discípulos com tais características devem ter em relação aos demais. Enfim, quero que saibam que, da minha parte, esse reconhecimento representa a renovação e o fortalecimento da minha aliança com vocês. Parabéns!
Está dito
Mestre Ribas.
Santos, 21 de dezembro de 2010

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capoeira Santista-Ilhabela

Salve salve!!!
A ideia desse blog e divulgar e com partilhar, o trabalho que eu desenvolvo com a capoeira aqui na Ilhabela.

TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA CAPOEIRA

TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA CAPOEIRA

 
Dentre tantos significados, capoeira segundo o dicionário é:
 
s.f. Mata que se corta ou derruba para lenha ou outros fins. /
Mato fino que cresceu onde foi derrubada a mata virgem. /
Espécie de cesto fechado ou gaiola de taquara onde se criam ou se alojam provisoriamente capões e outras aves domésticas
 
Porém, através da tradição oral e de raros registros, sabe-se que foram os africanos escravizados, aqui no Brasil, que desenvolveram essa luta, e algumas versões são normalmente bastante aceitas no meio capoeirístico.
Sem ter a menor intenção de encerrar ou limitar o assunto, vou destacar duas versões que, em minha opinião, são as que mais se aproximam do que realmente poderia ter sido a origem da nossa arte.
Origem rural
Alguns relatos nos indicam que capoeira é uma técnica agrícola que consiste em amontoar a vegetação que foi cortada para que ela se decomponha  naturalmente em cima do terreno que posteriormente será utilizado para o plantio. Essa técnica teria sido desenvolvida pelos índios aqui no Brasil e assimilada pelo africano escravizado.
Independente disso, acredita-se que o escravizado, burlando a vigilância do feitor, fugia para tal capoeira e lá revivia os folguedos de sua terra natal e dessa forma tentar atenuar o sofrimento da escravidão (prática essa, que por razões óbvias era extremamente reprovada e que invariavelmente terminaria em castigo no tronco).
Dos folguedos revividos, destaca-se o N'Golo (aqui chamado de "Dança de Zebra" - ritual de iniciação no sul de Angola e que simulava ou imitava as brigas das zebras na África. Era quando os guerreiros da tribo disputavam entre si, aos pares, para que o campeão dessa disputa pudesse escolher com qual mulher que ele queria casar sem precisar pagar o dote que era de costume).
Acredita-se que essa manifestação tenha sido a precursora da capoeira que conhecemos hoje, porque quando flagrados, era comum que o feitor justificasse dessa forma ao seu senhor: "- Esses vão para o tronco, porque estavam se batendo por mero divertimento na capoeira" - relacionando o nome da vegetação com aquela prática até então desconhecida.
Com o passar do tempo, essa manifestação passou a ser utilizada para distração do próprio dono da fazenda em dias de festas e posteriormente a principal arma do escravizado contra o seu opressor direto, o que garantia a fuga para os quilombos e, dessa forma, a conquista da liberdade tão sonhada.
Origem urbana
 
Como pudemos observar no início desse texto, capoeira também pode significar cestos de vime, que na época eram muito utilizados pelos escravizados, no cais do porto, para carregar aves galináceas (capões).
Esses carregadores, por causa de tal ofício, também eram chamados de capoeiras e nos seus raros momentos de folga, largavam os seus cestos e se reuniam para, ao som de palmas e cânticos, reviver os folguedos de sua terra natal, assemelhando-se assim à versão anterior.
Ainda no que diz respeito à essa versão, especula-se que esses carregadores disputassem entre si, através da luta, quem seria, por exemplo, o responsável pelo turno ou por determinada área do cais. Desse modo, era de se esperar que qualquer cidadão comum se referisse a esses trabalhadores com muito temor, dando origem à fama do capoeira ser bom de briga.
São essas as duas versões que com as quais eu mais me familiarizo (e que foram expostas de maneira bem superficial, é claro!), mas  por fim, deixo ao caro internauta a tarefa de dar continuidade a esse assunto com questionamentos e mais pesquisas e desde já me coloco a inteira disposição para sanar eventuais dúvidas ou ainda para mantermos esse contato.
 
Está dito.
Mestre Ribas.

Capoeira Santista-Ilhabela

Bem vindos ao blog Capoeirasantista-Ilhabela, estamos ainda nas preparações, em breve estaremos postando muitas informações para vocês.